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Apenas 3% do lixo eletrônico da América Latina é reciclado

28 de fevereiro de 2022
Geral
Jesi Alves

Apenas 3% do lixo eletrônico da América Latina é reciclado

Apenas 3% do lixo eletrônico da América Latina é reciclado, ou seja, é descartado corretamente de forma sustentável, segundo pesquisa da ONU.

A pesquisa da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial, Unido, avaliou a situação em 13 países da América Latina: Argentina, Bolívia, Chile, Costa Rica, Equador, El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicarágua, Panamá, Peru, Uruguai e Venezuela.

Somente 3% do lixo eletrônico

De acordo com a pesquisa, apenas 3% do lixo eletrônico na América Latina é descartado de forma correta e com respeito ao meio ambiente. Os 97% restantes não são monitorados, e muitos materiais contêm ouro e outros metais preciosos que podem ser reciclados e valem o equivalente a US$ 1,7 bilhão por ano, segundo a entidade.

3% do lixo eletrônico | sete ambiental

Quase 50% de Aumento

O “Monitor Regional de E-Waste para América Latina”, o primeiro desse tipo feito pelas Nações Unidas, avaliou 13 países da região, incluindo Argentina, Chile, Peru e Venezuela.

Esse documento afirma que o lixo eletrônico está entre os tipos de resíduos que mais crescem no mundo, ameaçando o desenvolvimento sustentável. Como resultado, nos 13 países da América Latina, houve um aumento de 49% entre 2010 e 2019, semelhante à média global, mas apenas 3% foi coletado e gerenciado com segurança, uma fração de 17,4% da média mundial. Enquanto os recicladores informais “separam” alguns itens valiosos do lixo elétrico e eletrônico, a maior parte dos 97% restantes é mal gerenciada.

O lixo eletrônico constitui um dos fluxos de resíduos físicos de mais rápido crescimento no ambiente global de hoje e é uma ameaça ao desenvolvimento sustentável.

3% do lixo eletrônico tem descarte correto

Componentes tóxicos

Em 2019, o lixo eletrônico gerado por 206 milhões de cidadãos nos 13 países atingiu 1.300.000 toneladas (1,3 megatoneladas, dos quais quase 30% eram de plástico), o que equivale ao peso de uma linha de 670 km de caminhões de 40 toneladas totalmente carregados. O valor comparável em 2010 foi de 900 mil toneladas, geradas por cerca de 185 milhões de cidadãos.

As substâncias perigosas do lixo eletrônico na região compreendem pelo menos 2.200 kg de mercúrio, 600 kg de cádmio, 4,4 milhões de kg de chumbo, 4 milhões de kg de retardadores de chama bromados e 5,6 megatoneladas de gases de efeito estufa.

Em outras palavras, quando essas substâncias são descartadas de maneira inadequada, os riscos à saúde ambiental são muito altos.

Há uma má gestão dessas substâncias na região e é provável que não sejam tratadas, gerando diversos riscos para a estabilidade de um ambiente saudável.

3% do lixo eletrônico

Oportunidades econômicas e lei para o gerenciamento

Por outro lado, o descarte correto do lixo eletrônico apresenta grandes oportunidades econômicas. De acordo com a pesquisa, o lixo eletrônico gerado na região em 2019 continha 7 mil quilos de ouro, 310 quilos de metais raros, 591 milhões de quilos ferro, 54 milhões de quilos de cobre e 91 milhões de quilos de alumínio, no valor de US$ 1,7 bilhão em matérias-primas secundárias.

Atualmente, todos os 13 países participantes têm alguma estrutura de lei para gestão de resíduos, mas apenas Costa Rica, Equador e Peru instituíram legislação específica para sistemas de gestão de resíduos eletrônicos.

Embora “a aplicação dessas medidas continue sendo um desafio significativo”, o relatório pede a todos os países da região que introduzam e apliquem:

  1. legislação e política robusta focada na gestão ambientalmente saudável de lixo eletrônico e poluentes orgânicos contidos no lixo eletrônico; ou
  2. monitorar e reforçar os sistemas existentes para torná-los mais eficientes e eficazes;

Da mesma forma, no Brasil apenas 3% do lixo eletrônico produzido é reciclado

O Brasil não foi analisado por esse relatório, porém a situação não é muito diferente por aqui. Somos o maior produtor de lixo eletrônico da América Latina. Já temos lei para o gerenciamento desses resíduos, o que precisamos agora é conscientização.

A Sete Ambiental é especialista no gerenciamento desses materiais. Solicite a coleta gratuita de resíduos eletrônicos com a gente!

Fonte: ONU News | Unido.org

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